#03 O desequilíbrio emocional pode causar sua demissão
E como virar o jogo e fazerem suas emoções trabalharem para você
Olá, aqui é a Ana.
Terça-feira, 02 de maio de 2023, e mais uma edição da newsletter da Escola de Liderança chegou à sua caixa de entrada.
Lembrando que você pode enviar sugestões de tópicos e temáticas que você gostaria de ver abordadas por aqui, através desse formulário. E fica aqui o nosso muito obrigada a quem já enviou sugestões e avaliações da nossa newsletter 😉 A opinião de vocês é super importante para nós!
E hoje, nós vamos falar sobre uma das competências mais relevantes no mercado de trabalho: A Inteligência Emocional.
9 em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamental
(GIF: GIPHY | Reprodução)
Imagine só que, depois de muitos currículos enviados, entrevistas feitas e cases desenvolvidos, você conquistou a sua tão sonhada vaga de trabalho. O tempo passa e você percebe que suas qualificações são bastante coerentes com o escopo da função e sente que tem tudo para crescer na empresa. Mas, em um momento de frustração, você tem uma explosão emocional e ataca verbalmente um colega de trabalho no meio do escritório e acaba demitido.
Tudo bem, talvez esse exemplo seja um pouco extremo… Mas, o fato é que, segundo um levantamento da Page Personnel de 2018, 90% das demissões ocorrem não por habilidades técnicas e sim, por problemas comportamentais.
É aí que entra a importância da Inteligência Emocional. O conceito foi empregado pela primeira vez em 1966, em um artigo do psicólogo americano Hanskare Leuner e aprofundado em 1989, por Stanley Greenspan e em 1990, pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer.
Mas sua popularização ocorreu em 1995, com o lançamento do livro "Inteligência Emocional" de Daniel Goleman. O best-seller é até agora um dos livros mais populares sobre a temática.
Salovey e Mayer definem a Inteligência Emocional como “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.
É por isso que a Inteligência Emocional, é uma das competências mais valorizadas pelos líderes de grandes empresas brasileiras.
(GIF: GIPHY | Reprodução)
O que é Inteligência Emocional?
Para Daniel Goleman, a Inteligência Emocional nada mais é que a capacidade de uma pessoa de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz.
O seu modelo de Inteligência Emocional é baseado em uma série de competências e habilidades que propiciam melhores desempenhos profissionais, inclusive como liderança. Esse modelo é dividido em 4 pilares, sendo eles:
Autoconsciência, ou seja, a capacidade de reconhecer as suas próprias emoções. Afinal, para poder gerenciar suas emoções, você precisa conhecê-las. Por isso, desenvolver autoconsciência é o primeiro passo para desenvolver suas competências de Inteligência Emocional.
Autogestão, ou seja, a capacidade de lidar com as suas próprias emoções. A partir do reconhecimento das suas emoções, você pode controlá-las e colocá-las a serviço de um objetivo.
Consciência Social, ou seja, a capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros. Sim, a famosa “empatia”. Ela é uma competência essencial para o desenvolvimento de relacionamentos, mas sentir o que o que o outro sente não é algo que vem naturalmente, por isso ser empatia é uma escolha a ser feita.
Gestão de Relacionamentos, ou seja, o conjunto de capacidades envolvidas na interação social. As habilidades sociais afetam todas as áreas da nossa vida e podem ser desenvolvidas ao longo dela, através de prática.
Ficou curioso para saber como está o seu nível de Inteligência Emocional? Descubra com o quiz do Na Prática, baseado no modelo de Goleman ✏️
Como desenvolver inteligência emocional?
Fácil falar, difícil fazer. A desenvolver suas competências de Inteligência Emocional é um trabalho contínuo e para te ajudar com esse desafio, eu trouxe 5 práticas recomendadas pelo psicólogo Tomas Chamorro-Premuzic, em um artigo publicado na Harvard Business Review e resumidas pelo nosso time do Na Prática.
#1 Transformar o autoengano em autoconsciência
Segundo Tomas, a personalidade e, por consequência a Inteligência Emocional, se moldam com base na identidade e na reputação. Para muitas pessoas existe uma disparidade entre os dois, o que pode fazer com que eles ignorem qualquer feedback negativo. Mas, a autoconsciência só é atingida quando se consegue ter uma visão realista dos próprios pontos fortes e fracos. E para isso é necessário “feedback preciso”, assim é importante investir em avaliações baseadas em dados, como testes de personalidade e pesquisas de feedback.
#2 Transformar o foco em si próprio em foco nos outros
Quem tem níveis mais baixos de Inteligência Emocional, têm mais dificuldade em visualizar as coisas pela perspectiva dos outros, de acordo com Tomas. Isso é ainda pior quando não há escolha certa ou errada. Desenvolver uma abordagem centrada nos outros começa com reconhecimento das forças, fraquezas e valores de cada um. Em um contexto de trabalho, conversas frequentes com os membros da equipe levarão a um entendimento melhor de como motivar e influenciá-los.
#3 Agir de forma que torne a convivência gratificante
A convivência com pessoas que têm mais altos níveis de Inteligência Emocional tende a ser vista como mais recompensadora. De acordo com o psicólogo, os mais “recompensadores” tendem a ser mais cooperativos, amigáveis, confiantes e altruístas. Ele afirma que é importante garantir, sempre, um nível apropriado de contato antes de pedir ajuda ou passar uma tarefa a alguém. Além disso, procurar compartilhar conhecimento e recursos sem expectativa de reciprocidade.
#4 Controlar Explosões
Essa é particularmente importante essencial no mercado de trabalho.
No mundo dos negócios, não é bom mostrar frustração sempre que surge um problema inesperado, explica o psicólogo. Então, se você é uma pessoa que tem o que ele chama de “muita transparência emocional”, é melhor se moderar. E para fazer isso é preciso perceber que situações tendem a desencadear sentimentos negativos. Detectando seus gatilhos, “você consegue evitar situações estressantes e inibir suas reações”, diz ele. Para isso, é importante trabalhar táticas que o ajudem a se tornar consciente sobre suas emoções, em tempo real. Não só sobre a forma que as sente, também em termos de como elas estão sendo vistas pelos outros.
#5 Mostrar humildade
Em questão de carreira, a autoconfiança, em certo grau, é vista como um traço inspiracional. Porém, o psicólogo afirma que os melhores líderes são os que parecem ser humildes. “Encontrar um equilíbrio saudável entre assertividade e modéstia, demonstrando receptividade ao feedback e capacidade de admitir os erros, é uma das tarefas mais difíceis de dominar”, complementa. Por isso, Tomas explica que, no contexto profissional, é importante esconder a arrogância – caso ela exista – e mostrar humildade. Algumas atitudes a se considerar: acabar com o orgulho, escolher bem as brigas e procurar oportunidades para reconhecer os outros.
PARA SABER MAIS:
📚 Indicações de livros sobre o assunto? Temos aqui! Além do livro “Inteligência Emocional” de Daniel Goleman, mencionado anteriormente, outras sugestões são o livro “Permissão para Sentir” de Marc Brackett e “Agilidade Emocional” de Susan David.
💻 O que as pessoas (ainda) erram sobre Inteligência Emocional? Confira o artigo de Daniel Goleman, escrito 25 anos após o lançamento do seu livro que é referência na temática.
📽️ Quer aprender sobre as emoções de forma leve? O filme “Divertida mente” da Disney pode ser uma boa pedida! A animação está disponível para assinantes no Disney+.
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NOVO NA ESCOLA DE LIDERANÇA
Talvez agora que já entendeu o que é Inteligência Emocional e a importância dela para sua carreira profissional, está na hora de começar a desenvolvê-la!
E a Escola de Liderança pode te ajudar nesse processo através do curso Inteligência Emocional Na Prática.
Elaborado a partir de um conteúdo de ponta direto das melhores universidades do mundo, como Harvard e Yale, o curso é 100% online e possui uma metodologia única que integra teoria e prática.
Nele, reunimos os principais conteúdos e técnicas para te ajudar a conseguir gerenciar melhor suas emoções e aprimorar suas relações com outras pessoas.
PS: Eu já fiz o curso e recomendo, viu? 😉
UMA DOSE DE INSPIRAÇÃO
Para finalizar a edição de hoje, eu tenho uma pergunta: Você já se permitiu ser realmente vulnerável?
Em sua TED Talk “O Poder da Vulnerabilidade”, Brené Brown explora os relacionamentos humanos e o papel da vulnerabilidade para o sucesso dessas relações. Assista aqui.
Caso você ainda não a conheça, Brené Brown é uma pesquisadora que estuda coragem, vulnerabilidade, vergonha e empatia. Uma de suas obras mais famosas é o livro “Coragem de ser Imperfeito”.
Em 2019, ela ganhou um documentário especial na Netflix chamado “Brené Brown: The Call to Courage” em que fala sobre “o que é preciso para trocar o conforto pela coragem em uma cultura definida pela escassez, pelo medo e pela incerteza”. Dê o play!
Ah, vale comentar que o trabalho da Brené Brown é uma das referências teóricas para o curso de Inteligência Emocional da Escola de Liderança, que eu já comentei por aqui.
ADEUS POR HOJE
Oba! Finalizamos mais uma edição da nossa newsletter e eu estou super feliz que você leu tudinho e chegou até aqui.
Então, aproveite o momento e não esqueça de deixar sua avaliação.
Te espero na terça que vem e já vou te deixar um spoiler: O tema da próxima edição é para você que sonha em ganhar em dólares ✈️
Um abraço da Ana.